De um modo geral, o diabetes é uma doença silenciosa. Quando a glicose sanguínea ultrapassa 250 mg/dl é possível que os pacientes apresentem alguns sintomas como o aumento do volume urinário, sede excessiva e perda de peso involuntária.
A hiperglicemia também pode incluir sintomas de cansaço, visão borrada e infecções por fungos na boca e órgãos genitais.
Além dos sintomas decorrentes da elevação da glicemia propriamente dita, existem também outras manifestações clínicas e consequências decorrentes das complicações crônicas do diabetes. Conheça algumas delas:
Complicações microvasculares
As complicações microvasculares ocorrem em partes do corpo irrigadas por pequenos vasos, como olhos, rins e nervos.
Retinopatia diabética (RD): é a principal causa de cegueira em adultos e pode se iniciar depois dos primeiros cinco anos do surgimento do diabetes, sobretudo quando a glicose sanguínea não está controlada. Quando detectada e tratada da maneira adequada, o risco de cegueira associado à RD é reduzido para menos de cinco por cento. Outras doenças oculares como catarata e glaucoma também podem se manifestar em pessoas com diabetes.
Doença renal do diabetes (DRD): entre 30 e 50% dos indivíduos com diabetes apresentam uma redução na capacidade de filtração dos rins e perda anormal de proteínas pela urina. A DRD também pode aumentar a chance do surgimento de insuficiência cardíaca e morte cardiovascular. Entre os sinais e sintomas mais comuns da DRD estão o aumento da pressão arterial e inchaços pelo corpo. Quando em estágios mais avançados nos quais a função renal torna-se insuficiente, os pacientes podem precisar realizar diálise ou transplante renal.
Neuropatia diabética (ND): entre 50 e 90% das pessoas com diabetes podem apresentar a ND, classificada em periférica e autonômica. Os principais sintomas da ND periférica são: perda de sensibilidade, sensação de formigamento e dor nos pés, pernas e mãos. Já a ND autonômica pode estar associada a problemas urinários, digestivos e cardiovasculares.
Complicações macrovasculares
As complicações macrovasculares ocorrem em partes do corpo irrigadas por vasos maiores, como coração, cérebro e membros inferiores.
Pessoas com diabetes têm risco duas vezes maior para infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral devido aos níveis elevados de glicose no sangue e também por conta de outros fatores de risco cardiovascular, tais como doenças do colesterol, pressão alta e obesidade.
Já as doenças vasculares periféricas (DVP) são até oito vezes mais frequentes em indivíduos com diabetes. Para se ter uma ideia, a associação da DVP com a ND periférica é responsável por cerca de 60 mil amputações por ano nos Estados Unidos.